Um passo a passo para que as pessoas possam avaliar se vale a pena ou não restaurar seus equipamentos foi desenvolvido pelo projeto Ressignificando Eletrônicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e o professor Hamilton Klimach, do Departamento de Engenharia Elétrica da Ufrgs.
Entre as principais recomendações a primeira etapa na recuperação de um dispositivo eletrônico é garantir a segurança. Isso inclui desconectar o aparelho da fonte de energia, remover todos os outros cabos e conexões e usar equipamentos de proteção individual.
Após garantir a segurança, o próximo passo é avaliar os danos. Conforme orientação do projeto Ressignificando Eletrônicos, isso envolve verificar visualmente se há peças danificadas, quebradas ou amassadas. Todo o equipamento deve ser adequadamente limpo e seco antes de tentar ligá-lo.
Se o equipamento foi submerso em água contaminada com resíduos perigosos ou tóxicos, a melhor opção pode ser o descarte do equipamento. A recomendação é do especialistas.
A secagem depende do tipo de equipamento, seu tamanho, formato e finalidade. Depois da limpeza com água e detergente neutro, deve ser seco cuidadosamente. Deixar o equipamento em um ambiente seco para que a umidade evapore naturalmente também é uma boa prática. Conectores, terminais e polos de interruptores devem ser cuidadosamente limpos com água e sabão e depois descontaminados com álcool isopropílico.
ATÉ QUANTO VALE O INVESTIMENTO FINANCEIRO NA RECUPERAÇÃO
Após a limpeza a restauração do equipamento deve ser avaliada. Se o custo da recuperação for da ordem de 1/3 a 1/2 de um equipamento novo, pode ser mais interessante descartá-lo e substituí-lo por um novo.
O PROJETO RESSIGNIFICANDO ELETRÔNICOS
O projeto “Ressignificando Eletrônicos” é uma iniciativa que visa a recuperação e ressignificação de eletrônicos antigos. No entanto, diante das recentes enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, o projeto adaptou sua missão para auxiliar diretamente as pessoas afetadas, atuando no conserto de eletroeletrônicos danificados. O projeto, que conta com quase 200 voluntários, em sua maioria da UFRGS, tem o apoio fundamental da Escola de Engenharia (EE). A EE tem auxiliado em todos os passos da iniciativa, permitindo a participação de todas as engenharias e professores interessados em ajudar.
CONFIRA AS DICAS PARA VERIFICAR SE O SEU ELETRÔNICO PODE SER RECUEPRADO
✅MEDIDAS DE SEGURANÇA INICIAIS
Desconecte o aparelho da fonte de energia e remova todos os outros cabos e conexões (antena, cabo de rede, conexão de água).
Use equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de borracha e óculos de proteção.
Coloque o aparelho em um ambiente bem iluminado para facilitar a inspeção.
Identificando e Evitando Riscos de Choque Elétrico:
Áreas com ramais de energia elétrica (cabos e fios energizados) apresentam risco e requerem atenção e uso de EPI.
A água suja (com resíduos e sais) é condutora de eletricidade. Tenha cuidado especial com cabos elétricos energizados submersos.
Nunca toque em um fio ou cabo de energia caído. Se houver um cabo ou fio energizado em uma poça de água, mantenha distância.
Riscos para Crianças e Animais de Estimação:
Há grande perigo, especialmente se houver cabos e fios energizados caídos no chão, em poças de água, em árvores, telhados.
✅AVALIANDO DANOS
Avalie se o dano é reparável e se o custo da reparação compensa o investimento.
Após a limpeza, verifique visualmente se há peças danificadas, quebradas ou amassadas.
Se o equipamento foi submerso em água contaminada com resíduos perigosos ou tóxicos, a melhor opção pode ser o descarte do equipamento.
Remoção da Água:
Remova toda a água, sujeira, lama e resíduos. O equipamento deve ser adequadamente limpo e seco antes de tentar ligá-lo.
Se o equipamento foi submerso em água contaminada, a melhor opção pode ser o descarte do equipamento.
✅SECAGEM
O procedimento de secagem depende do tipo de equipamento, seu tamanho, formato e finalidade.
Depois da limpeza com água e detergente, seque o equipamento cuidadosamente. Use panos absorventes e um secador de cabelos com cuidado para evitar danificar partes plásticas e de borracha.
Deixe o equipamento em um ambiente seco para que a umidade evapore naturalmente.
O uso de ar comprimido pode ajudar a expulsar o grosso da água, mas cuidado para não danificar partes delicadas.
Sílica gel pode ser usada para se criar um ambiente com baixa umidade, que ajudará na secagem. A tentativa do uso de “arroz” tem essa finalidade, pois o arroz cru absorve parte da água contida no ar, quando exposto ao ar úmido.
✅LIMPEZA
A limpeza ocorre junto com a remoção da água, da lama e de resíduos.
Use água limpa e detergente neutro e álcool isopropílico para a limpeza.
Conectores, terminais e polos de interruptores devem ser cuidadosamente limpos com água e sabão e depois descontaminados com álcool isopropílico.
Quais produtos e ferramentas devem ser evitados?
Solventes geralmente agridem as peças, pois atacam plásticos e borrachas, e devem ser evitados. Substâncias ácidas ou cáusticas também agridem as partes metálicas, provocando sua corrosão.
✅RESTAURAÇÃO
Avalie o custo da recuperação. Se for da ordem de 1/3 a 1/2 de um equipamento novo, pode ser mais interessante descartá-lo e substituí-lo por um novo.
Mas em alguns casos, há um valor histórico ou afetivo envolvido, então recupere-os.
✅PREVENÇÃO
Retire os equipamentos da zona da inundação, se possível.
Ensacá-los em sacos plásticos resistentes, sem furos e bem fechados.
Coloque os itens que não podem ser removidos nas partes mais altas da residência.
No caso específico de computadores, mantenha cópia dos dados importantes em nuvem online ou em backup bem resguardado.
Caso se tenha tempo, retirar os equipamentos da zona da inundação. Principalmente os mais valiosos.
Se não for possível a remoção, ensacá-los em sacos plásticos resistentes, sem furos e bem fechados.
Quando ensacar, remova o máximo de ar possível, para reduzir seu volume, quando o saco for lacrado.
Colocar os itens que não podem ser removidos nas partes mais altas da residência, no andar de cima, sobre armários, evitando que fiquem expostos diretamente à inundação.
No caso de itens leves, como máquinas fotográficas e calculadoras, guardar em algum armário bem fechado, pois se a inundação for grande e estes estiverem ensacados, eles poderão sair boiando pelas janelas ou portas e perdidos.
No caso específico de computadores, manter cópia dos dados importantes em nuvem online ou em backup bem reservado.
✅DICAS COMPLEMENTARES:
Evite ou reduza ao máximo o tempo de exposição do equipamento à inundação.
Quanto mais contaminada a água, maior o dano ao equipamento. Se o equipamento já foi submetido por longo tempo à água contaminada ou lama, lavá-lo em água corrente, buscando remover ao máximo a contaminação. Neste caso, deve-se ter em mente que, os equipamentos que não suportarem a exposição à água corrente, como a tela de uma TV ou monitor de um computador, possivelmente já estão perdidos devido à exposição à água contaminada ou lama.
Tente livrar o equipamento da água contaminada assim que possível.
Coloque o equipamento em uma posição que favoreça o escoamento da água interna.
Deixe a água escorrer ao máximo e mantenha o equipamento em local seco, até que esteja sem umidade interna.
Recursos disponíveis para ajudar as pessoas que perderam seus eletrônicos em uma inundação incluem empresas especializadas em recuperação de dados e vídeos instrutivos no YouTube.
As autoridades do municípios reforçam que em situações de risco, entre em contato com a Defesa Civil e fique atento aos meios oficiais das Prefeituras para mais informações e atualizações.
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Foto: Divulgação Cristal Web Rádio
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